Revista de Pediatria SOPERJ

ISSN 1676-1014 | e-ISSN 2595-1769

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Ecocardiografia com Contraste nas Dilatações Vasculares Intrapulmonares na Doença Hepática Crônica

Teixeira, C.; Roiseman, M.M.; Assef, C.C.; Batista, L.C.; dellOrto, F. ; Chalfun, D.

Revista de Pediatria SOPERJ - V.15(supl 1), Nº2, p35, Março 2015

Resumo

INTRODUÇÃO: A síndrome hepatopulmonar é caracterizada pela tríade clínica que consiste em: doença hepática e ou hipertensão portal, anormalidades da oxigenação arterial e dilatações vasculares intrapulmonares (DVIP). Em relação ao diagnóstico das DVIP, a ecocardiografia com contraste é o método de escolha, pois é de fácil realização e permite quantificar a gravidade. O tratamento da síndrome hepatopulmonar (SHP) pode variar desde terapia farmacológica, intervencionista, como a embolização das DVIP (molas), e cirúrgica, como o shunt portossistêmico intra-hepático transjugular (TIPS) ou o transplante hepático.
OBJETIVO: Descrever um caso clínico de um portador de síndrome hepatopulmonar e a indicação da ecocardiografia contrastada como exame complementar.
MATERIAL E MÉTODO: Paciente masculino, 9 anos, com o diagnóstico de doença hepática crônica, internado com quadro de gastroenterite aguda que evoluiu com ascite e icterícia. Apresentou piora do quadro com desorientação e agitação (encefalopatia hepática). Apresentava-se em estado regular, emagrecido, baqueteamento digital, SatO2 84% e leve dispneia. Ausculta pulmonar e o aparelho cardiovascular sem alterações. Abdome ascítico. A ultrassonografia abdominal confirmou a ascite,hepatopatia crônica e esplenomegalia. A TC de tórax mostrou alterações vasculares calibrosas e tortuosas opacificadas pelo meio de contraste compatível com má formação arteriovenosa. Na TC de abdome, o fígado apresentou contornos lobulados por hepatopatia crônica. O ecocardiograma transtorácico não havia shunts intracardíacos. Devido à hipótese de SHP, foi realizado o ecocardiografia com contraste, utilizando uma solução salina agitada.
RESULTADOS: O resultado da ecocardiografia contrastada foi considerada positiva, pois ocorreu a opacificação do átrio esquerdo e posterior o ventrículo esquerdo no 3º ciclo cardíaco, após o aparecimento do contraste (microbolhas) nas câmaras cardíacas direitas. Esses achados, portanto, confirmam a existência de dilatação vascular intrapulmonar.
CONCLUSÃO Ressalta-se a importância da ecocardiografia contrastada nesses casos, assim como na conduta terapêutica.

 

Responsável
ELIANE LUCAS


Palavras-chave:

Pseudoaneurisma do Ventrículo Esquerdo: Uma Rara Complicação de Endocardite Infecciosa na Infância

Carvalho, C.T.; Roiseman, M.M.; Abrahão, D.; Assef, C.C.; Leite, M.F.M.; Aranha, A.L.; Correa, M.P.A.

Revista de Pediatria SOPERJ - V.15(supl 1), Nº2, p36, Março 2015

Resumo

INTRODUÇÃO: O pseudoaneurisma do ventrículo esquerdo é uma entidade rara, sobretudo na infância, caracterizada por formação aneurismática com paredes compostas de tecido pericárdico e ausência completa de fibras miocárdicas (presentes no aneurisma verdadeiro). O pseudoaneurisma pode evoluir para ruptura e morte, tornando essencial o diagnóstico precoce.
OBJETIVO: Descrever uma rara complicação da endocardite infecciosa e o pseudoaneurisma do ventrículo esquerdo, assim como a orientação terapêutica.
MATERIAL E MÉTODO: I.S.L, sexo feminino, 9 anos, portadora de insuficiência renal crônica, internou por edema agudo de pulmão responsivo à hemodiálise. O ecocardiograma evidenciou grande imagem cavitária na região póstero-lateral do ventrículo esquerdo, justa mitral, comunicante ao ventrículo, medindo 3,9 x 2,3 cm, com características de pseudoaneurisma. Há 4 meses, a paciente havia tratado endocardite infecciosa com boa resposta clínica. A ressonância magnética (RM) confirmou a imagem na parede livre do ventrículo esquerdo. Foi submetida à cirurgia, com o preenchimento da cavidade aneurismática com BIOGLUE®, fechado colo com retalho de pericárdio bovino e plastia da valva mitral. No pós-operatório observou-se o completo fechamento do pseudoaneurisma. Atualmente, encontra-se assintomática.
RESULTADOS: O ecocardiograma pode demonstrar as características de pseudoaneurisma; porém, é importante a diferenciação com o aneurisma verdadeiro, sendo difícil quando se localiza em região posterior do coração. A RM também contribui para o diagnóstico, caracterizando, inclusive, as formações localizadas mais posteriormente; portanto, é indicada nesses casos apesar do alto custo e da baixa acessibilidade.
CONCLUSÃO Ressalta-se a importância do diagnóstico precoce do pseudoaneurisma do ventrículo esquerdo por meio de exames de imagens como o ecocardiograma e a ressonância magnética cardíaca.

 

Responsável
ELIANE LUCAS


Palavras-chave: